CHAPTER_DETAIL_H1

Amy se perguntou quem poderia estar batendo na porta, visto que não estava esperando ninguém e não tinha feito nenhum amigo no bairro. Mesmo assim, ela se levantou e foi atender a porta. Quando a abriu, deparou-se com uma mulher alta na entrada.

"Amy!", gritou a mulher.

Amy franziu a testa e, quando enfim a reconheceu, respondeu: "Leola!"

As duas se abraçaram com carinho, e Amy a convidou para entrar no mesmo instante. As duas haviam sido colegas de quarto na universidade. Ao longo dos quatro anos que moraram juntas, elas dividiram o mesmo quarto na universidade, mas acabaram perdendo o contato depois de se formarem.

"Como você ficou sabendo onde eu tava morando?", perguntou Amy, ainda muito feliz por ter reencontrado uma velha amiga.

"Eu não sabia. Na verdade, eu vim aqui pra pedir desculpas pelo que o meu filho fez. Ele não deixou os amiguinhos jogarem bola com ele, e eu achei que foi muito egoísmo da parte dele", disse ela. "Pera aí, os três meninos são seus?"

"Sim, eles são", respondeu Amy, e Leola franziu as sobrancelhas. "Minha nossa! Eu tava pensando que os pais deles deviam ter muita sorte... Uau, tem meninas brincando aqui também, e as três são idênticas."

"Todos os seis são filhos meus. Eles são os meus sêxtuplos", explicou Amy, sorrindo de orelha a orelha.

"Minha nossa! Que fofinhos. Você teve seis filhos de uma vez só?" Leola ficou surpresa e olhou mais de perto as seis crianças, que estavam espalhadas pela sala.

"Eu sou a mãe do Aron. Por favor, desculpem ele por não ter deixado vocês jogarem bola. Eu já dei uma bronca nele. Podem brincar juntos da próxima vez, viu?", disse Leola, e todos os meninos assentiram.

As duas mulheres foram até o quintal da casa e conversaram bastante, sobre tudo o que aconteceu desde que se formaram até o momento presente.

Amy não lhe contou quem era o pai das crianças. Ela apenas disse que não sabia quem ele era, pois acabou engravidando após uma noitada com um gigolô.

Leola acreditava que a amiga devia ser muito sortuda por ter sido abençoada com seis filhos de uma vez.

"Amy, desde que você voltou, só saiu de casa pra ir trabalhar, né?", perguntou a mulher.

"Pois é. Eu não fui pra lugar nenhum ainda. Preciso me esforçar pros meus filhos poderem ir pra escola, e também não quero que falte nada pra eles", respondeu Amy.

"Que tal se a gente sair e for pra uma boate? Eu costumo ir todas as quartas e sábados pra me divertir. Também sou uma mãe solteira", disse Leola.

"É? Mas as crianças não podem dormir sozinhas em casa, podem? Não quero que aconteça algo com elas", disse Amy.

"Eu tenho uma irmã mais nova que me ajuda. Ela pode cuidar das crianças enquanto a gente sai pra se divertir", explicou Leola.

Na verdade, Amy também achava que a vida nos últimos seis anos tinha sido entediante. Quando não estava com os filhos, estava trabalhando. Como que ela poderia deixar passar a oportunidade de ir se divertir com uma velha amiga.

"Tudo bem, eu vou com você se a sua irmã cuidar deles." Ela queria sair com Leola.

Algumas horas depois, as duas desceram do táxi e entraram na boate. Lá dentro, havia muitas pessoas dançando. Leola tentou convencer a amiga a ir dançar também, mas Amy apenas disse que não estava pronta e que, quando estivesse, dançaria com ela.

Leola já estava acostumada com o ambiente, pois ia lá duas vezes por semana para se divertir. Por outro lado, Amy ainda precisava se acostumar, então preferiu assistir às pessoas antes de se juntar a elas.

Ela estava sorrindo enquanto observava as pessoas dançarem, mas acabou avistando algo que fez o sorriso desaparecer de repente do rosto dela.

A mulher franziu as sobrancelhas quando viu Callan e a secretária dele dançando juntos. Parecia que eles iriam parar de dançar, porque, alguns minutos depois que Amy começou a observá-los, eles deixaram a pista. Todavia, para sua supresa, começaram a andar na direção dela.

Quando se lembrou do que aconteceu no passado, ela cerrou os punhos, furiosa.

"Eles ainda tão juntos", pensou Amy, mas não havia motivo para esperar outra coisa. Eles deviam até ter se casado a essa altura.

De repente, Callan se sentou no assento diante dela, enquanto Joan se sentou ao lado dele. Ela apoiou a mão no ombro dele e deu um sorriso sarcástico, enquanto Callan parecia completamente indiferente.

"Você veio aqui arrumar um macho? A única coisa que vai achar é alguém que vai te f*der por uma noite e te largar depois. Ninguém vai querer ficar com uma mulher estéril", disse Joan com sarcasmo.

Se essa idiota soubesse que Amy tinha seis filhos agora, com certeza pararia de chamá-la de "estéril".

"Vocês devem estar entediados ou bêbados. Com licença." A presença deles a enojava tanto, ainda mais a de Callan que a traiu no passado.

"Faz seis anos e você não me esqueceu. Será que ainda gosta de mim?", zombou Callan. Ele confirmou que ela não estava de aliança, então não havia dúvida de que a mulher não era casada.

"Eu tenho um marido", disse Amy com raiva. Será que essas pessoas achavam mesmo que ela era uma perdedora? Que absurdo.

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