CHAPTER_DETAIL_H1

"Por favor, não me pune dessa vez", implorou Amy, ainda mais assustada. Embora ela soubesse que era muito arriscado implorar nesse momento, se ela aceitasse fazer o que o homem estava pedindo, confirmaria a percepção errônea dele a respeito dela. Amy nunca foi esse tipo de mulher; ela não era uma vadia ou uma prostituta.

O celular do homem tocou justo nesse momento. Ele parou de prestar atenção em Amy, que estava ajoelhada diante dele, e olhou para o celular. Então, lançou um último olhar para ela e foi até o aparelho.

Ao olhar para a tela e ver quem estava ligando, o homem se sentou e atendeu. Era a única pessoa que teria coragem de ligar para ele a essa hora.

"Oi, filho." Broderick ouviu a voz de uma mulher idosa.

Ele não queria conversar com a mãe na frente de uma estranha. "Sai daqui!", ordenou o homem, e Amy se levantou na mesma hora. Essa ligação a salvou, e ela saiu com pressa.

Puxa! De novo, foi por pouco! A mulher estava tão abalada que não conseguia ficar mais na boate por um minuto sequer. Ela encontrou Leola o mais rápido possível e lhe disse que não aguentava mais ficar ali, e que queria voltar para casa.

Leola tentou convencê-la a ficar, mas, quando viu que a amiga estava decidida a ir embora, concordou em voltar com ela para casa. Apesar de querer continuar ali por mais tempo, teve que aceitar e seguir Amy para casa.

Afinal, foi ela quem convenceu a amiga a ir lá, então como poderia deixá-la ir embora sozinha? As duas mulheres foram embora de táxi.

Enquanto isso, Broderick estava conversando com a sra. Alessandro, a mãe dele, no celular. "Como você tá, mãe?", perguntou o homem, por mais que imaginasse o motivo de ela ter ligado para ele, ainda mais a essa hora.

"Broderick, você vai cumprir a promessa que fez pra mim? Você sabe que só tenho nove meses de vida, mas ainda não trouxe uma esposa pra casa", disse a sra. Alessandro.

Ele suspirou, pois já sabia que a mãe não tinha mais nada a falar além disso. Ela nunca se cansava de lhe dizer para se casar com outra mulher. Mas como ele poderia fazer isso, considerando que a única mulher que ele amou de coração estava morta? O homem não queria se apegar a nenhuma outra mulher, não depois do que descobriu sobre a falecida esposa, a única que ele amou.

Ele só havia prometido à mãe que se casaria com outra mulher quando ela já estava doente. A sra. Alessandro tinha câncer no estômago e, segundo o médico, morreria em nove meses. Porém, tudo o que ela queria era que o filho se casasse de novo. Por quanto tempo ele ficaria de luto por uma mulher que já se foi?

Para não preocupar a mãe doente, o homem disse: "Vou levar alguém pra casa logo, logo".

"Difícil de acreditar, já que você sempre diz isso. Se não trouxer uma mulher pra casa até o final da semana, não vou ficar bem, e a minha doença vai piorar. Aí, você vai ter que se casar com a mulher que eu escolher", declarou a sra. Alessandro.

"Mãe...", disse ele.

"Não tem discussão. Tchau. Se cuida", falou a velha antes de desligar a ligação.

Na manhã seguinte, Amy foi ao trabalho e, um minuto antes das 8h, Abe apareceu no escritório dela. O homem parecia estar furioso e querer assassiná-la. Ainda ontem, ele era o chefe dela, mas hoje ela era a chefe dele. Ele estava determinado a derrubá-la nessa empresa.

"Sente-se." Amy apontou para o assento diante dela. Abe sorriu e fez bastante barulho enquanto arrastava o assento para trás. Em seguida, sentou-se ali e começou a orientá-la de má vontade a respeito do trabalho.

Amy ignorou o fato de que o homem guardava rancor dela e se concentrou no que ele estava dizendo.

Depois que Abe terminou de explicar e a mulher já havia anotado todos os pontos importantes, ela disse: "Pode voltar ao trabalho. Obrigada".

Ele deu um sorriso ainda mais forçado. Havia tantas coisas ruins que o homem queria lhe dizer, mas, por ser o subordinado dela, não podia fazer nada. Ele se levantou e saiu com raiva.

Amy se concentrou no trabalho. Alguns minutos depois, o telefone do escritório tocou e, ao ver que era Brett, o assistente pessoal de Broderick, ela atendeu. Antes que pudesse dizer qualquer coisa, o assistente afirmou: "Você vai relatar ao CEO as atividades diárias do seu departamento".

"Ok. Por favor, pode me enviar o e-mail dele para que eu possa fazer isso?", pediu Amy.

"Em pessoa, por favor", disse Brett antes de desligar.

Em pessoa? Espere, ela precisaria se encontrar com aquele psicopata de novo hoje? Ah, não! Será que era melhor ser uma trabalhadora comum do que ser a chefe do departamento? Agora, ela precisaria relatar o trabalho a ele todos os dias?

Amy ficou inquieta por algumas horas, mas então deduziu que, se agisse com sabedoria e apresentasse o trabalho sem cometer erros, não haveria motivo para ele lhe causar problemas. Afinal, ela só estaria fazendo o trabalho dela.

Capítulo 9 1

Verify captcha to read the content.VERIFYCAPTCHA_LABEL

READING_HISTORY

No history.

COMMENTS

COMMENT_DESC