Amy foi a uma das maiores boates de luxo e ficou lá até o anoitecer, momento em que o lugar estava mais movimentado. Havia duas garrafas de bebida diante dela, e ela estava se remoendo de tristeza. Nos últimos três anos de casamento, a mulher foi completamente fiel àquele desgraçado, e nem mesmo dava aos outros homens a chance de flertar com ela, tal que jamais considerou a possibilidade de traí-lo. Ela confiava tanto nele, mas ele deixou o coração dela em pedaços como se fosse a coisa mais fácil do mundo.
Quanto mais ela bebia, mais esperava esquecer a tristeza. Porém, o álcool não parecia estar ajudando, pois a mulher não parava de imaginar Joan e Callan pelados.
Ela se levantou de repente, furiosa, e olhou em volta para as pessoas dançando na boate. Em seguida, pensou em escolher um gigolô aleatório, com quem ela pudesse passar a noite. Afinal, agora estava divorciada e solteira de novo.
Amy viu um homem alto entrando em uma sala particular e entrou atrás dele de imediato, antes que ele pudesse fechar a porta.
Ela se jogou sobre o homem no mesmo instante, e usou a mão esquerda para fechar a porta atrás deles. Logo em seguida, começou a beijá-lo, e não demorou até que ele começasse a retribuir.
Os dois ficaram cada vez mais animados, e ela logo tirou as roupas e o ajudou a tirar as dele também. Em um piscar de olhos, a mulher estava debaixo do homem na cama, gemendo alto enquanto ele a penetrava com força.
Foi um momento prazeroso e exaustivo para os dois, pois durou meia hora. Quando ambos estavam satisfeitos, eles afundaram na cama e dormiram.
Amy acordou algumas horas depois e viu o homem dormindo no quarto escuro. Nenhum dos dois acendeu as luzes quando ela entrou e começou a beijá-lo algumas horas atrás.
"Esse gigolô foi maravilhoso", murmurou Amy, pegando algumas notas de dinheiro da bolsa e colocando-as na mão do homem. Embora ele estivesse dormindo, ela não deixaria de pagá-lo.
Em seguida, a mulher saiu com cuidado do quarto, para não acordar o homem.
Amy foi embora de North Hill e pegou um trem para uma pequena cidade, onde pretendia levar uma vida simples. Continuar morando em North Hill só a deixaria mais traumatizada. Talvez fosse impossível evitar Callan, visto que ele era um homem muito poderoso. Além disso, já que ela se atreveu a se divorciar dele, era possível que ele tentasse arruiná-la, então era melhor que ela se mudasse e começasse uma nova vida.
Amy ficou desconfiada quando, algumas semanas depois daquela noitada, começou a ter enjoos matinais. Sempre que pensava que isso talvez fosse um sinal de gravidez, ela se lembrava de que esteve com Callan por três anos e nunca engravidou. Ela era estéril e, como o homem disse, estava fadada a não ter filhos. Embora quisesse ter um filho e desejasse saber como era ser uma mãe, parecia que a mulher não tinha sido abençoada com essa capacidade.
Ela recebeu o maior choque da vida dela quando visitou o hospital e ficou sabendo que estava grávida fazia três semanas. Como isso era possível? Amy estava muito feliz e, com o passar dos meses, a barriga dela começou a ficar maior do que o normal. Ela ficou preocupada e se perguntou se havia um bebê humano dentro dela, pois a barriga estava grande demais.
Nove meses depois, Amy foi ter o parto no hospital. Foi estressante, e ela sentia que havia uma coisa atrás da outra saindo dela. Nesse momento, a mulher ainda duvidava que fosse um bebê.
Ela fechou os olhos e rezou para que fosse uma criança, e então, quando os abriu alguns segundos depois, viu dois médicos e quatro enfermeiras em volta dela no quarto, cada um deles sorrindo e segurando um bebê recém-nascido.
Ela piscou, incrédula, e, apesar de saber que era uma pergunta idiota, disse: "Me desculpem, mas esses bebês são meus?"
"Sim", responderam todos que estavam no quarto. Amy não acreditou no que estava ouvindo e pensou que poderia estar sonhando. Como era possível que uma mulher estéril como ela tivesse tantos filhos?
Em seguida, ela contou: "um, dois, três, quatro cinco..." A mulher ficou em silêncio por um instante, esfregou o rosto e terminou. "Seis."
"Seis bebês?", perguntou ela.
"Sim, parabéns!" Todos na sala a parabenizaram. Amy começou a chorar de alegria, e colocou as duas mãos no rosto.
Ela estava muito feliz e agradeceu aos céus por ter sido tão abençoada. Renovada pelas boas notícias, a mulher sentou-se na cama e pediu: "Posso segurar eles?" Os médicos e enfermeiros lhe deram um bebê por vez. Ela ficou tão feliz em ver aqueles bebês fofos, e deu um beijo na testa de cada um.
Fazia poucos meses que ela havia passado pelo pior dia da vida dela, mas esse era o melhor dia de todos.
Seis anos depois, Amy estava sentada em um longo banquinho de madeira e chamou: "Elijah! Moses! Elisha!"
Três garotos fofos vieram rápido até ela, com sorrisos radiantes no rosto. Apesar de estarem usando roupas baratas, eram incrivelmente bonitos, além de serem idênticos.

VERIFYCAPTCHA_LABEL
COMMENTS
COMMENT_DESC